Monday, December 1, 2008

Consumo de �leo � 4� Parte

Se voc� ainda n�o leu a 1� parte, 2� parte e a 3� parte pode ser que fique em duvidas no texto seguinte.

5 � Verifica��o de perdas de �leo atrav�s das guias de v�lvulas

Quando os fabricantes introduziram o sistema de v�lvulas no cabe�ote e mais recentemente posicionaram o comando de v�lvulas tamb�m no cabe�ote, criou-se uma situa��o favor�vel para o consumo de �leo atrav�s das guias de v�lvulas pois tais pe�as dependem de um grande fluxo de �leo para uma perfeita lubrifica��o e o �leo lubrificante acaba por passar para dentro da c�mara de combust�o atrav�s da folga entre guia e haste de v�lvulas atra�do por v�rias for�as.

Duas destas for�as s�o a gravidade e a in�rcia, que for�am o �leo da c�mara dos balancins para dentro da tubula��o, cada vez que a v�lvula abre. As outras s�o o v�cuo formado na c�mara de combust�o no tempo de admiss�o do motor e o v�cuo formado em ambas as v�lvulas, no tempo de escapamento, devido aos gases que fluem em alta velocidade junto �s extremidades das guias e aspiram o �leo para o coletor de escapamento onde � queimado.

Esta �ltima a��o � semelhante � de uma pistola onde um jato de ar, passado em alta velocidade, aspira a tinta do reservat�rio atrav�s de um tubo e a pulveriza por um bocal.

O �leo que passa atrav�s das guias de v�lvulas entra na c�mara de combust�o,queimando-se e aparece em forma de fuma�a cinza-azulada saindo do cano de escapamento. Examine o consumo de �leo atrav�s das guias de v�lvula da seguinte forma:

A) Fa�a a prova da fuma�a.
Note cuidadosamente a quantidade e a cor da fuma�a.
B) Em seguida, remova as tampas de v�lvulas e desligue o abastecimento de �leo para o conjunto dos balancins.
C) Depois que o motor estiver quente, dirija o carro por uns 10 ou 15 km e repita a prova de fuma�a. Se a fuma�a no cano de escapamento n�o tiver mais a cor cinza-azulada, tiver diminu�do ou desaparecido, � prova de que o �leo estava passando atrav�s das guias de v�lvulas.


Motor com v�lvulas e comando no cabe�ote.

Aten��o: A prova deve ter dura��o suficiente para queimar qualquer res�duo de �leo que possa ter sobrado no sistema. As v�lvulas podem funcionar sem lubrifica��o durante uma hora sem riscos. Ap�s a conclus�o da prova, n�o se esque�a de restabelecer o fluxo de �leo ao conjunto dos balancins.

O processo de desligar o fluxo de �leo ao conjunto dos balancins varia de acordo com a constru��o dos motores.


For�as que impelem o �leo para a c�mara de combust�o.

Assim sendo, devemos em primeiro lugar localizado o sistema de comunica��o empregado para a passagem do �leo da galeria do cabe�ote at� o eixo dos balancins e de alguma forma, interromper essa passagem a fim de efetuar o teste da fuma�a, como descrito anteriormente.

A figura abaixo mostra um tipo de sistema de lubrifica��o dos balancins. O fluxo de �leo � indicado em amarelo. Para cortar o fluxo de �leo para o conjunto dos balancins, localize primeiro o suporte que tem uma passagem perfurada.


O �leo (indicado em amarelo) alcan�a o mecanismo das v�lvulas atrav�s de passagens no cabe�ote e no suporte do eixo dos balancins.

Na maioria dos casos, h� apenas um suporte para cada cabe�ote de cilindro atrav�s do qual o �leo chega ao eixo dos balancins. Algumas vezes, os cabe�otes da direita e da esquerda, nos motores em �V�, s�o intercambi�veis e conseq�entemente, s localiza��o do suporte, com rela��o � frente do motor, n�o ser� a mesma em ambos os lados.

Localizado o suporte, solte o parafuso ou parafusos que o fixam, bem como os parafusos adjacentes que forem necess�rios e introduza uma fina folha de metal entre o suporte e o cabe�ote do cilindro para obstruir a passagem perfurada.


Usando um cal�o para interromper o fluxo de �leo as v�lvulas.


Vista em corte lateral do cal�o interrompendo o fluxo de �leo.

Aperte os parafusos, fa�a uma prova de estrada e observe a fuma�a.

Num outro tipo de suporte, mostrado na figura abaixo, o �leo (indicado em amarelo) � impelido para cima ao redor do parafuso que fixa o suporte.


O �leo (indicado em amarelo) � for�ado para cima ao redor do parafuso do suporte a fim de lubrificar o sistema das v�lvulas

Nesse caso, em primeiro lugar, solte todos os parafusos dos suportes atrav�s do qual circula o �leo e coloque uma arruela de borracha ou um anel de v�lvula sobre a parte rosqueada do parafuso.

Dessa maneira, formar-se-� uma veda��o entre o suporte e o topo do cabe�ote quando o suporte e o parafuso forem recolocados, podendo-se ent�o proceder � prova de fuma�a.

No motor Volkswagen, embora o servi�o seja mais trabalhoso, tamb�m � poss�vel verificar-se se esta ocorrendo consumo de �leo pelas v�lvulas.

Basta soltar o balancim e colocar-se um peda�o de chumbo na ponta da vareta. Dessa forma interrompe-se a passagem de �leo e reinstalando o balancim pode-se passar � realiza��o da prova de fuma�a.


Coloca-se um peda�o de chumbo na ponta da vareta.

Ocasionalmente, quando se removem os cabe�otes e se inspecionam os canais de admiss�o e descarga das v�lvulas e a cabe�a dos pist�es, percebe-se que o consumo excessivo de �leo se limita apenas aos cilindros de um lado. Isto pode ser causado pelo fato de o eixo dos balancins, daquele lado, ter sido instalado de cabe�a para baixo. Salvo algumas exce��es, os orif�cios de lubrifica��o dos eixos dos balancins devem estar, normalmente, voltados para a parte inferior do balancim.

Nessa posi��o, a for�a ascendente do balancim, exercida pela tens�o da mola da v�lvula, restringe o fluxo de �leo vendo do eixo dos balancins e impede qu euma quantidade excessiva escape.

Instalando-se o eixo dos balancins de cabe�a para baixo, permite-se que uma quantidade excessiva de �leo atinja o conjunto dos balancins e entre na c�mara de combust�o, atrav�s das guias de v�lvulas.

Use sempre um torqu�metro para instalar os suportes dos balancins e aperte-os nos torques recomendados pelo fabricante.

Torque excessivo pode provocar a fratura do suporte, permitindo que o �leo escorra para as guias e hastes das v�lvulas adjacentes, provocando a perda de �leo. Um vazamento dessa natureza faz com que os canais de admiss�o e a cabe�a dos pist�es adjacentes ao suporte partido, fiquem umedecidos com �leo.

Tais vazamentos podem ser descobertos, operando-se o motor em marcha lenta, estando os balancins sem a tampa, e observando-se o fluxo de �leo vindo do eixo.

Para se ter uma id�ia de como o consumo de �leo pelas v�lvulas chega a ser cr�tico, foram realizados testes numa bateria de 8 motores, concluindo-se que em media de 35% do consumo total, ocorria pelas v�lvulas.

Como se v� no gr�fico abaixo, o consumo total de �leo esta dividido, entre o que passa atrav�s dos an�is gastos e o que passa pelas folgas entre hastes e guia de v�lvulas, sendo que em alguns motores, o consumo pelas v�lvulas chegava at� 50 % do consumo total de �leo.

Gr�fico do % Consumo de �leo

Influ�ncia das folgas entre hastes e guia de v�lvulas no consumo de �leo.

Outro ponto que merece especial aten��o � que mesmo com a folga correta entre guia e haste de v�lvulas, o motor poder� apresentar consumo de �leo, se n�o forem instalados corretamente os selos de v�lvulas como especifica o fabricante do motor.

Os selos do tipo �copo�, como mostrado na figura abaixo, devem cobrir a guia quando a v�lvula esta fechada, pois, se o �leo penetrar dentro do selo, poder� ser bombeado por ele para dentro da c�mara de combust�o.

Posi��o de instala��o dos selos.


Alguns tipos de selos ou vedadores de hastes de v�lvula.

Update: 5� parte

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