Monday, August 24, 2009

Retifica��o de motores - 8� Parte

Leia tamb�m os outros artigos de "Retifica��o de motores": 1� Parte, 2� parte, 3� parte, 4� parte, 5� parte, 6� parte e 7� parte.


Instala��o de camisas

A maior parte dos problemas que surgem em motores retificados est� relacionada � instala��o incorreta de camisas.

Camisas secas

A instala��o de camisas secas em um motor ocorre em tr�s situa��es:

1� - Em motores que j� vem de fabrica montados com camisas secas.
2� - Em motores que j� foram encamisados em reforma anteriores.
3� - Em motores que est�o sendo encamisados pela primeira vez.

Com rela��o aos dois primeiros, ap�s o motor ter sido desmontado e tendo-se conclu�do que as camisas devem ser substitu�das por apresentarem desgaste al�m do permiss�vel, retira-se as camisas do bloco e passa-se � execu��o da limpeza dos cilindros e posterior exame quanto a deforma��es.

Essa limpeza pr�via dos cilindros � necess�ria por duas raz�es. Primeiramente para assegurar que quando se efetua a medi��o do di�metro esteja-se medindo apenas o cilindro e n�o alguma impureza ali localizada e, em segundo lugar, porque os dep�sitos de carv�o e resina poder�o impedir que haja uma perfeita transfer�ncia de calor da camisa para o bloco e com isso dar origem a um superaquecimento localizado que tender� a deformar as camisas e provocar escoria��es nos pist�es, an�is e nas pr�prias camisas.

Esses dep�sitos no cilindro ou no seu rebaixo poder�o provocar tamb�m a deforma��o da camisa j� durante sua instala��o pela altera��o que acarreta nas medidas do cilindro.


Deposito de carv�o no assento do flange.

Normalmente essa limpeza � feita esfregando-se o cilindro com uma escova de a�o e solvente, mas, querendo-se, pode-se tamb�m limp�-lo utilizando-se um brunidor. Ap�s limpos, os cilindros dever�o ser medidos com um rel�gio comparador, da mesma forma como descrito anteriormente, verificando-se o seu di�metro interno em v�rias posi��es, para ver se n�o existem ovaliza��es ou outras varia��es dimensionais.

Esta verifica��o � essencial porque, se as varia��es encontradas forem maiores do que as especificadas pelo fabricante, o bloco dever� ser substitu�do ou os cilindros retificados, para instalarem-se camisas com sobremedida do di�metro externo. Em caso contr�rio, as camisas (principalmente as do tipo �parede fina�) tender�o a adaptar-se �s deforma��es do cilindro, tornando dif�cil, para qualquer conjunto de an�is, acompanhar essas irregularidades e funcionar a contento.

Al�m disso, se as camisas n�o se adaptarem �s irregularidades do cilindro, o contato como bloco n�o ser� total, originando-se espa�os vazios que poder�o encher-se de dep�sito de carv�o e provocando os j� citados problemas de transfer�ncia de calor.


Uma camisa com deposito de carv�o e borra, por n�o ter-se assentado totalmente no bloco.

Uma vez tomadas as provid�ncias acima pode-se ent�o passar � instala��o das camisas no cilindro, atrav�s de prensagem, lembrando que as mesmas devem entrar com interfer�ncia (geralmente entre 0,04 e 0,06mm), para garantir um contato com o bloco e que, na maioria dos motores, as mesmas dever�o sobressair-se ligeiramente � superf�cie do bloco para garantir uma boa veda��o com a ajuda do cabe�ote.

Nessa fase, deve-se cuidar para que a interfer�ncia e for�a de prensagem n�o seja excessivas, pois camisas instaladas com press�o demasiada, tendem a trincar e deformar-se durante o funcionamento.


Uma camisa trincada e deformada por ter sido instalada com excesso de press�o.

Quanto aos motores encamisados pela primeira vez, ao retificarem-se os cilindros, deve-se seguir exatamente as mesmas recomenda��es mencionadas para cilindros n�o encamisados, atentando para o fato de que seu di�metro interno tamb�m dever� ficar cerca de 0,04 a 0,06mm menor do que o di�metro externo da camisa para que esta possa entrar com interfer�ncia.

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